Pedro Machado, candidato à presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz, visitou o Hospital Distrital da Figueira da Foz, tendo saído – segundo comunicado à imprensa, “com a convicção de que é necessário a construção, a médio prazo, de um novo hospital, que o posicione claramente como um equipamento de dimensão regional e não apenas distrital”.
“Esta visita teve o objetivo de auscultar o Conselho de Administração e perceber quais são as suas preocupações, prioridades e projetos, nos quais que o município pode e deve ter uma participação próxima. O encontro inscreve-se no circuito das visitas oficiais que a candidatura vai desenvolver em todo o concelho da Figueira da Foz. Começámos pela área da Saúde, por ser uma área que neste momento nos leva a ter cuidados redobrados, em particular pelo facto de a Figueira da Foz ser atualmente um dos cinco concelhos da região Centro com indicadores mais preocupantes na pandemia” , sublinha Pedro Machado.O candidato começou por se inteirar de alguns constrangimentos atuais. “Este hospital serve uma população na ordem dos 150 mil habitantes, incluindo dos concelhos de Pombal, Condeixa-a-Nova, Soure, Montemor-o-Velho, Cantanhede e até Mira, o que lhe confere um posicionamento que não responde apenas aos desafios criados pela Figueira da Foz. É um hospital que tem já caráter de serviço regional”, diz Pedro Machado. “Este é um edifício antigo, que está a ser adaptado. Está em construção um bloco operatório, em obra até ao final de 2022, prevendo-se que venha a abrir no início de 2023. É um investimento que vai procurar dotar o hospital de uma valência que está diminuída, a par de uma ambição que é criar uma unidade de cuidados intensivos, que não existe. Há uma unidade de cuidados intermédios, mas é muito importante que o hospital possa contar com uma unidade de cuidados intensivos a partir do momento que abrir o bloco operatório”, considera. Há, no entanto, outros problemas por resolver, como “a remoção de uma parte significativa de cobertura de amianto”, refere-se ainda no comunicado.Pedro Machado considera fundamental a construção de um novo hospital, a médio prazo. “O presidente do Conselho de Administração transmitiu-me a ambição de que, numa perspetiva de 10 a 15 anos, a Figueira da Foz terá de pensar numa nova estrutura hospitalar. Esta permitirá conciliar vários desígnios, nomeadamente inserindo esta unidade num sistema de mobilidade urbano, que a Figueira da Foz não tem. Atualmente, a esmagadora concentração da malha urbana está condicionada pelas acessibilidades ao Hospital e por isso urge pensar numa solução, a médio prazo, que permita diminuir esse constrangimento. Um novo hospital teria de ser repensado otimizando essa rede de mobilidade. Essa nova unidade hospitalar deveria também ter novas valências que respondam às exigências futuras”, destaca.
“Este novo hospital terá de ser visto numa lógica regional”, continua Pedro Machado. “Se a Figueira da Foz serve um conjunto de concelhos que lhe fazem fronteira, o cluster regional da Saúde terá de ser repensado. Os hospitais distritais não podem ser simples extensões dos hospitais centrais, mas devem ser vistos como parte integrante de uma oferta regional de saúde”. “Além de que a Figueira da Foz dispõe de premissas absolutamente únicas para se posicionar no turismo médico e no turismo de saúde, mas para isso necessita de um hospital com outras condições e que tenha esse carácter regional”, explica.
“Desta visita, resultou também a necessidade de haver uma parceria mais estreita entre o Hospital e a Câmara Municipal na prestação dos cuidados primários de saúde. É fundamental um trabalho de rede nos cuidados primários, na prevenção e auscultação, que leve os cuidados de saúde primários e de envelhecimento saudável às populações das 14 freguesias – naturalmente, numa articulação com a Administração Regional de Saúde e com os hospitais centrais”, concluiu Pedro Machado.