Várias ambulâncias encontravam-se, esta segunda-feira, à espera que a Urgência do Hospital da Figueira da Foz libertasse as macas para poderem voltar a fazer novos serviços.
Sem a passagem dos doentes para as camas hospitalares, as ambulâncias não podem recolher as respectivas macas e ficam retidas durante bastante tempo no Hospital, quando podem ser necessárias para novo socorro.
Esta situação denota haver dificuldades da Urgência no atendimento dos doentes, com elevados tempos de espera.
Refira-se que, esta segunda-feira, a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica lamentou a falta de médicos especializados nas urgências hospitalares, como tem acontecido nos últimos dias, mas diz ser mais “lastimável” os tempos de espera para despacho de meios para emergências.
A falta de médicos em vários hospitais tem levado nos últimos dias ao encerramento de urgências de obstetrícia, ou a pedidos aos centros de orientação de doentes urgentes (CODU) de reencaminhamento de utentes para outros hospitais. São os CODU, do Instituto Nacional de Emergência Mécia (INEM), que recebem as chamadas do 112 relacionadas com emergências em saúde, gerindo depois os meios necessários.
Em comunicado, a ANTEM lamenta a situação atual mas alerta também para o tempo de espera para que sejam alocados meios para situações que muitas vezes podem ser “verdadeiras situações de emergência médica”.
“Não é admissível, que qualquer cidadão ligue 112 e não tenha nos tempos mínimos aceitáveis uma ambulância à sua porta, ´ficando em lista de espera´”, diz a associação no comunicado.
O problema, acrescenta, é ser os CODU a receber, e despachar, “quase todas as solicitações” no sentido “de serem minimizadas as responsabilidades do INEM”.
A ANTEM recomenda à população que em casos que se justifiquem apresente queixas junto dos tribunais competentes