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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Chega faz primeiras jornadas parlamentares segunda e terça-feira na Figueira da Foz

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O Grupo Parlamentar do Chega vai realizar as suas primeiras jornadas parlamentares na segunda e terça-feira, na Figueira da Foz, com painéis dedicados aos temas da economia, justiça, educação e poder local.

Depois de na semana passada o presidente do partido ter anunciado a realização de jornadas na Figueira da Foz, sem indicar quais os dias em concreto nem adiantar mais pormenores, o partido avançou, entretanto, que se realizam na segunda e terça-feira.

Agora, o partido dá conta de que o primeiro dia de jornadas contará com dois painéis à tarde, um sobre economia e outro sobre justiça.

Já na terça-feira, a manhã arranca com um painel sobre educação e a tarde será “dedicada ao poder local”, com uma reunião com órgãos autárquicos na Câmara Municipal da Figueira da Foz.

Estas serão as primeiras jornadas parlamentares do Chega, partido que na anterior legislatura esteve representado na Assembleia da República pelo deputado único e presidente, André Ventura.

Nas eleições legislativas de janeiro, o Chega conseguiu um grupo parlamentar, aumentando a sua representação no Parlamento de um para 12 deputados

Neste fim-de-semana, o Chega apresentou um projeto de resolução que recomenda a criação de uma comissão eventual de inquérito parlamentar para esclarecer as causas do aumento da mortalidade não covid entre 2020 e 2021.

De acordo com o projeto do Chega, “foram registados mais 14% de óbitos (15.526) do que seria esperado tendo em conta a média dos seis anos anteriores”, sendo que a covid-19 apenas esteve associada a dois dos seis picos de mortalidade identificados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) relativamente a 2020.

“O relatório [Mortalidade Geral e por Grandes Grupos de Causas, da DGS] identifica ainda que em 2020 houve mais óbitos por doenças do aparelho circulatório, como AVCs – mais 1.618 do que o esperado – e mais 45 % de mortes por doenças hipertensivas não havendo explicações para este fundamento. Importa assim encontrar uma explicação para este aumento de mortes injustificadas no ano de 2020”, pode ler-se no documento do partido de extrema-direita.

Sublinhando algumas notícias recentes que apontam para números da mortalidade por todas as causas no país acima do que seria expectável para esta altura do ano, o partido denunciou a ausência de explicações das autoridades e pediu a criação imediata de uma comissão para funcionar durante um prazo de 120 dias, com vista a clarificar as causas sobre os números da mortalidade não covid e apurar eventuais responsabilidades.

“Não é aceitável nem compreensível que as autoridades de saúde fiquem em silêncio perante um estranho e inusitado pico de mortalidade em Portugal – com um impacto transversal em todas ou quase todas as estruturas etárias -, recusando encetar investigações ou revelar dados explicativos credíveis sobre esta matéria. (…) Ficou já claro e evidente que nem a pandemia covid-19 nem a onda de calor que o país atravessa são fatores exclusivos suficientes para explicar os números de mortalidade”, referem os deputados do Chega.

 

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