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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

SandGames: Equipa da Figueira da Foz foi afastada da Final Four do Campeonato Feminino de Futebol de Praia

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Metereologia

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A Associação SandGames Figueira vem emitir a sua posição acerca da situação gerada com o Comunicado nº 69 da FPF e que coloca em causa os valores de transparência e imparcialidade que o desporto deve preservar.

«Com efeito, no passado dia 26 junho, realizaram-se na praia de Mira, as 3 Jornadas referentes ao Campeonato Nacional Feminino de Futebol de Praia, Série A, de onde resultou que, das duas equipas que ficaram empatadas em pontuação, com 6 pontos cada, o desempate foi favorável à SandGames Figueira que, no jogo de confronto direto, venceu por 3-2. Aliás, conforme consta das fichas de jogo subscritas pelos árbitros oficiais nomeados pela FPF e dos regulamentos da FPF nomeadamente o artigo 68º nº 1, alínea a) do Regulamento de Disciplina e o artigo 14º, nº 2, alínea f) do Regulamento do Campeonato Feminino de Futebol de Praia.

Desde então e até sexta feira dia 05 de agosto, no calendário oficial, publicado pela FPF, inclusivamente na sua página oficial, constava a SandGames como participante na 2ª Fase.

Na sequência do Comunicado Oficial nº 69 de 02.08.2022, a SandGames foi notificada, em 03.08.2022, do calendário da 2ª Fase, pelo qual foi substituída pelo Clube União Recreativa de Cadima na 2ª Fase/Meias – Finais do Campeonato Nacional Feminino de Futebol de Praia, a realizar na Nazaré nos dias 6 e 7 de agosto.

Diz-nos a FPF, mas apenas após a nossa 2ª insistência, que não houve, da parte da Secção Não Profissional do Conselho de Disciplina, decisão em tempo útil de forma a ser executada sem prejudicar o decorrer da competição e que os clubes não podem beneficiar de um resultado ainda não determinado.

Agradecemos a explicação, mas não convence. Então não houve tempo desde 26 de junho até agora para decidir a tempo de não prejudicar uma competição oficial?!

É por não serem profissionais que os clubes merecem menos respeito? Pelo contrário! O cuidado devia ainda ser maior porque estamos a falar de voluntários, dirigentes e jogadoras, que dão o seu tempo à modalidade e de que a FPF beneficia.

Então, mas agora a FPF criou novas regras que suscitem dúvidas é?! A falta de comparência não dá derrota nem multa? Vamos deixar de fazer deslocações grandes porque não dá jeito e também não há consequências?!

Ou porque estamos a falar de futebol feminino os regulamentos podem ser “mais ou menos”, não há problema?! As regras não são as mesmas?

Na verdade, não podemos deixar de ficar surpreendidos e deveras preocupados com este comportamento da FPF, que tornou públicos os resultados constantes das fichas de jogo e criou expectativas a um Clube, que preparou psicológica, desportiva e financeiramente esta 2ª etapa, para a 3 dias da 2ª Fase da competição, sem qualquer fundamentação cabal (ou apenas porque não houve decisão em tempo útil), alterar a situação e impedir a equipa SandGames de participar numa competição onde ganhou o direito de estar, cumprindo todas as normas legais.

Se não houve decisão em tempo útil, devia ter havido porque houve mais do que tempo para isso. Não houve foi responsabilidade e respeito. As atletas do SandGames ganharam de forma justa o direito de lutar pelo título nacional, de serem vistas pelo selecionador nacional e representar a seleção de todos nós. Não terão essa oportunidade por causa de uma não decisão absolutamente injustificável da FPF, que nos respondeu, a pouco mais de 12 horas do inicio da competição, e só porque insistimos a meio da tarde, e cuja resposta se interpreta claramente como “não homologámos o jogo porque não quisemos”.

Tudo, para além do elevado prejuízo financeiro que tal acarreta, tendo em conta que todas as reservas de alojamento, alimentação e transportes estavam feitas.

Este não é um comportamento digno do maior organismo de futebol do país, a entidade que tutela o futebol e que deve zelar pela justiça e verdade desportiva.

De igual forma se estranha o silêncio da Associação de Futebol de Coimbra, que deixou passar em branco esta situação, pois até há umas horas, nenhum contacto, nenhuma conversa, nenhuma preocupação. Aliás, pelo contrário, a única menção ao facto, foi a publicação numa rede social de um respeitável elemento da Direção a dar os parabéns à equipa pelo qual nos trocaram, curiosamente, várias horas antes de ser público o comunicado oficial que ditou esta situação.

Onde esteve o organismo que, no Distrito, nos representa? Talvez sirva apenas para emitir ameaças como aquela que fez em Mira ao SandGames de que “o campeonato para nós acabava ali”. Se é só para isso que serve, esta Direção não tem mais condições de continuar.

Finalmente, se estivesse no lugar do outro Clube, A SandGames Figueira, conhecedora de toda a situação, nunca teria a coragem de aceitar o convite quando sabia que o lugar pertence por direito a uma outra formação. Nas palavras dos dirigentes do Clube, “nunca aceitaríamos o convite, valores mais altos se levantam”.

Apesar da explicação, vaga e tardia, da FPF, tudo faremos para que a situação se clarifique e sejam repostas a verdade desportiva, a justiça e a dignidade das instituições, das quais exigiremos sempre, como cidadãos e amantes de desporto, o comportamento mais exemplar».

P’la SandGames Figueira

Mário Paiva, Paulo Moço e Gonçalo Cruz

 

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