O espumante bruto branco de 2010 “Cá da Bairrada”, das Caves da Montanha, foi o grande vencedor do Concurso de Vinhos e Espumantes Bairrada deste ano.
A Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) explicou que o espumante bruto branco de 2010 “Cá da Bairrada” conseguiu a melhor pontuação “entre as cerca de uma centena de amostras postas à prova de uma dúzia de jurados, entre escanções e enólogos”.
O concurso realizou-se na segunda-feira e a revelação e entrega de prémios aconteceu esta quarta-feira, no Aliança Underground Museum, em Anadia.
Segundo a CVR, esta edição teve como novidade a distinção dos melhores vinhos em cinco categorias, nomeadamente espumante, espumante baga Bairrada, vinho branco, vinho tinto e vinho da sub-região Terras de Sicó.
“O grande destaque deste concurso foi para o ‘Cá da Bairrada Espumante Bruto branco 2010’, das Caves da Montanha, que arrecadou o prémio maior e melhor espumante”, frisou.
A Messias ganhou nos vinhos brancos, com o Bairrada Clássico de 2017, e, nos tintos, o melhor foi o São Domingos Grande Reserva 2017, revelou a CVR, acrescentando que, também nos espumantes, foi premiado na categoria de melhor espumante baga Bairrada o Primavera Baga Bairrada Grande Reserva Extra Bruto branco 2017, das Caves Primavera.
Este ano, a CVB decidiu distinguir o melhor vinho da sub-região Terras de Sicó, tendo subido ao pódio, “para receber o galardão de melhor nesta categoria, o Baforeira Reserva tinto 2020, de Maria Teresa Proença Simões da Silva Resende”.
“Foi uma forma de privilegiar a acentuada qualidade dos néctares produzidos nesta sub-região com certificação Indicação Geográfica Protegida (IGP) Beira Atlântico”, justificou.
Foram também atribuídas 27 medalhas de ouro: 15 a espumantes (na maioria brancos), quatro a vinhos brancos e oito a vinhos tintos.
Nesta edição, o Concurso de Vinhos e Espumantes Bairrada reuniu 90 amostras, sendo 46 referentes a vinhos tranquilos e as restantes 44 a espumantes.
Para os avaliar, estiveram presentes nove escanções, no âmbito de uma parceria com a Associação Escanções de Portugal, três enólogos da região e o crítico de vinhos e jornalista Luís Ramos Lopes.
No entender do presidente da CVB, Pedro Soares, este concurso é uma forma de ajudar os consumidores a escolherem produtos que não conhecem e que, “através de uma distinção, podem ser a proposta ideal para uma oferta ou para acompanhar estas festividades” de final de ano.
“O facto de este concurso ter apenas medalhas de ouro quer dizer que os produtos em prova estiveram num nível elevado”, afirmou Pedro Soares, realçando que esta qualidade e o crescimento da região são “fruto do trabalho dos produtores e de uma preocupação cada vez maior em produzir com uvas locais”.
Segundo o responsável, “o setor tem sido resiliente em relação a tudo o que se passou, quer durante a pandemia, quer agora com a guerra”.
“Portanto, embora com os constrangimentos todos que sabemos que vamos ter durante o ano de 2023, podemos encará-lo de forma moderadamente otimista”, considerou.