Os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal e da Infraestruturas de Portugal (IP) cumprem, esta segunda-feira, o último de dois dias de greve, para reivindicar um prémio financeiro que compense a perda de poder de compra em 2022.
Uma plataforma de vários sindicatos que representam os trabalhadores da CP e da IP convocou uma greve para os dias 23 e 26 de dezembro, exigindo um prémio financeiro que compense a perda do poder de compra verificado no ano 2022, a atualização do subsídio de alimentação e o fim da “discriminação entre trabalhadores”.
A CP alertou para a previsão de “perturbações na circulação de comboios, a nível nacional”, “com possível impacto nos dias anteriores e seguintes aos períodos de greve”, lamentando ainda os transtornos causados.
Os clientes que já tinham comprado bilhetes para comboios cancelados podem pedir o reembolso total do valor, até 10 dias após terminada a greve, ou a revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria.
A plataforma que convocou a greve inclui a ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária, a ASSIFECO – Associação Sindical Independente, o FENTCOP – Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas, o SINDEFER – Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários de Infraestruturas e Afins, o SINFB – Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários, o SIOFA – Sindicato Independente dos Operacionais e Afins e o STF – Sindicato dos Transportes Ferroviários.
O pré-aviso previa uma paralisação de 24 horas para os dias 23 e 26 deste mês e ainda uma “greve ao trabalho suplementar, incluindo feriados e dias de descanso semanal, desde as 00h00 de 23 de dezembro às 24h00 de 2 de janeiro de 2023”.
Foram definidos serviços mínimos de 25% dos comboios, que, segundo a CP, concentram-se no início e no final do dia, as chamadas ‘horas de ponta’.