Pedro Santana Lopes considera que a Figueira da Foz se está a transformar num centro de altas tecnologias com o caminhar do tempo e tudo o que se perspetiva no domínio da transição energética.
“Julgo que a Figueira da Foz está a ser o centro das apostas em Portugal e o centro do investimento na área da transição energética, naturalmente beneficiando da nossa localização central e de outras características importantes”, salientou o presidente da Câmara Municipal.
O autarca falava, na tarde desta terça-feira, na sessão de assinatura de um memorando de entendimento com a empresa Avesta Battery & Energy Engineering BV, sediada na Bélgica, que pretende criar na Figueira da Foz um centro de inovação e desenvolvimento de células de baterias de estado sólido.
Para Santana Lopes, “é muito importante estar ciente de que não é por acaso que falamos, apostamos e investimos também no desenvolvimento de acessibilidades que ainda não temos: a rodoviária é excelente, a portuária precisa de melhoria que está em curso, a ferroviária precisa de uma enorme melhoria e a área está em processo de pleno desenvolvimento”. “Tudo isto cria uma enorme responsabilidade para todos nós”, sublinhou.
A unidade de produção de baterias de ião de lítio vai ocupar uma área de 17 mil metros quadrados da zona de expansão do Parque Industrial da Figueira da Foz, na Gala, que se encontra em obras e cuja conclusão está prevista para o final do ano.
Com um investimento previsto de 70 milhões de euros, a Avesta Battery & Energy Engineering BV pretende que este seja o primeiro centro de investigação europeu da empresa, que tem unidades na Turquia, Roménia e Macedónia do Norte.
“Na Figueira da Foz teremos o primeiro centro europeu de investigação que vai preparar este tipo de tecnologia, porque todas as nossas unidades utilizam tecnologia americana”, disse o diretor executivo Noshin Omar, na cerimónia desta tarde.
A unidade da Figueira da Foz deverá estar concluída em 2025 e, na primeira fase, que consiste na criação da tecnologia, vai criar 200 postos de trabalho, sendo que, na segunda fase, naquela em que terá início a produção de baterias, pode criar 2.000 empregos.
Imagem: CM Figueira da Foz