O incêndio que atingiu o concelho de Albergaria-a-Velha em setembro resultou em prejuízos de aproximadamente 30 milhões de euros, excluindo o valor económico das áreas florestais devastadas, de acordo com um relatório da autarquia local.
Deste valor, mais de um terço corresponde a perdas nas atividades económicas, incluindo turismo, indústria, comércio e serviços, que somam 10,4 milhões de euros.
O incêndio em Albergaria causou a morte de quatro pessoas e feriu 36, além de danificar imóveis residenciais num montante estimado de 8,9 milhões de euros.
As infraestruturas municipais também sofreram severamente, com danos calculados em 4,3 milhões de euros, enquanto a agricultura contabilizou prejuízos de 2,2 milhões de euros.
O relatório ainda menciona danos no património cultural, avaliados em 1,1 milhões de euros, e em equipamentos pertencentes a associações, Instituições Particulares de Solidariedade Social e entidades religiosas, num total de 430 mil euros.
As quatro freguesias do concelho registaram perdas globais de 207 mil euros. Foram também identificadas necessidades de estabilização de emergência, incluindo intervenções em linhas de água, no valor de 2,4 milhões de euros.
Além disso, o fogo destruiu mais de 100 veículos, embora o valor exato dos danos ainda não tenha sido determinado.
O relatório não contempla as perdas económicas derivadas dos 8.800 hectares de floresta destruídos, onde a autarquia sublinha a necessidade de uma “intervenção urgente de conservação e reabilitação”.
Os incêndios de setembro, que afetaram sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal, resultaram na morte de nove pessoas e feriram mais de 170. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil confirmou oficialmente cinco vítimas mortais.
Entre 15 e 20 de setembro, os incêndios florestais consumiram cerca de 135.000 hectares, elevando a área total ardida este ano em Portugal para quase 147.000 hectares, o terceiro maior registo da última década.