O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) viu-se forçado a cancelar dois concursos, que visavam o preenchimento de seis vagas nas suas unidades de Lisboa e Coimbra. A medida surge após a abertura de 79 postos de trabalho, com o objetivo de colmatar a escassez de profissionais, sem conseguir atrair candidatos para os cargos.
Os concursos, abertos desde julho, destinavam-se a três vagas na carreira especial médica, na categoria de assistente e especialidade de imuno-hemoterapia. Os postos, com um vínculo jurídico de emprego público por tempo indeterminado, ofereciam um salário de 3.280,88 euros e uma carga horária de 40 horas semanais. Contudo, a falta de candidatos qualificados levou à anulação das vagas em Lisboa e Coimbra.
Em novembro, o presidente da Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES), Alberto Mota, já havia alertado para a escassez de profissionais no IPST, situação que tem vindo a agravar-se ao longo do tempo. Alberto Mota destacou que o problema não é recente, mas que continua a afetar a capacidade do instituto em manter níveis adequados de reservas de sangue.