Entre os dias 28 de julho e 1 de agosto de 2025, o Paço dos Viscondes de Maiorca, no concelho da Figueira da Foz, será palco de um momento marcante para a preservação do património nacional: a reinstalação dos 24 painéis de papel chinês que originalmente ornamentavam uma das suas salas nobres. A operação assinala a conclusão de um longo e meticuloso processo de conservação e restauro, promovido pelo Município da Figueira da Foz e conduzido pela prestigiada Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva.
Datada do século XVIII, esta rara coleção de papéis pintados, de origem chinesa e adquirida pela família senhorial de Maiorca, constitui um dos mais relevantes conjuntos de chinoiserie autêntica em Portugal. Os painéis ilustram cenas naturalistas orientais, com árvores floridas, aves exóticas, insetos e paisagens idealizadas, proporcionando um testemunho artístico e histórico de grande valor. A sua devolução ao espaço original representa um importante passo no processo de valorização patrimonial do Paço de Maiorca.
Em paralelo, decorrem também os trabalhos de restauro do retábulo renascentista e dos azulejos da Capela do Paço, uma intervenção da responsabilidade da empresa Quadrifólio, sediada na freguesia de Maiorca. Estes esforços integram-se numa estratégia alargada de reabilitação do edifício, com vista à sua fruição pública e salvaguarda enquanto bem cultural de elevado significado regional e nacional.
A partir deste verão, o público poderá visitar os painéis restaurados e explorar os espaços visitáveis do Paço de Maiorca, em articulação com o ciclo de concertos Melodias ao Entardecer, uma iniciativa cultural que alia património, música e lazer.
O ciclo tem início às 18h30 e propõe três momentos musicais ao ar livre, nos jardins do Paço:
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15 de agosto – Milhanas com DJ Matilde Castro
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30 de agosto – Jéssica Pina com DJ Mafalda Nunes
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13 de setembro – Georgia Cécile com DJ Groove Armanda
Nestas datas, a partir das 17h00, o Paço abrirá as suas portas em regime de open-day, proporcionando visitas livres aos painéis de papel chinês e a outros espaços do edifício. A experiência pretende ser mais do que uma contemplação estética: será uma celebração do património vivo, num cenário em que a memória histórica se cruza com expressões artísticas contemporâneas.






