Manuel Castelo Branco anunciou hoje a sua candidatura à presidência do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC). Se for eleito, em maio próximo, o professor na Coimbra Business School – ISCAC, a que presidiu entre 2010 e 2018, promete encetar de imediato o diálogo com a Universidade de Coimbra para aproximar as duas instituições.
Em nota de imprensa, o candidato, residente na Figueira da Foz, adianta que “no dia em que tomar posse como presidente do IPC, a minha primeira medida será propor formalmente ao Reitor da Universidade de Coimbra, Prof. Amílcar Falcão, a abertura de um processo negocial com vista à aproximação e à integração das duas instituições”. Mas o processo de aproximação exige mais do que o diálogo com a UC. “Nesse mesmo dia iniciarei o diálogo com todas as escolas do IPC para integrar os seus desejos, expectativas e projetos: as posições que o Instituto Politécnico de Coimbra irá defender nessas negociações resultarão, como é óbvio, das manifestações de interesses definidas por cada escola”, esclarece.
Colocar o Instituto Politécnico de Coimbra e a Universidade de Coimbra a trabalhar em conjunto para a expansão das duas instituições é assim um dos objetivos de Manuel Castelo Branco, que garante às escolas do IPC, logo à partida, “a sua participação plena no processo negocial: terão de ser encontradas e construídas soluções consensuais, com o envolvimento direto de todas as escolas na definição dos respetivos modos, alcance e limites da participação de cada uma no processo”, afirma. Assim, a participação por parte das escolas do IPC será voluntária e flexível. “O que irei propor às escolas do IPC é que as duas grandes instituições universitárias de Coimbra encontrem o seu modelo próprio para concretizarem um processo que é já realidade, com pleno sucesso, em Aveiro, no Algarve, nos Açores e na Madeira, cujas respectivas universidades integram, em pé de igualdade, escolas universitárias, ou faculdades, e escolas politécnicas”, concretiza o docente.
De entre as diversas vantagens desta progressiva integração entre as duas instituições, Manuel Castelo Branco destaca a de os docentes, os estudantes e os funcionários de ambas poderem beneficiar das infraestruturas física, humana e relacional da Universidade e do Politécnico, nomeadamente no que toca a equipamentos, serviços, parcerias, projetos, centros de investigação e relações externas.
“Verificar-se-á, também, uma equiparação no acesso aos instrumentos sociais, com enormes vantagens para os alunos do Politécnico, os quais irão aceder a apoios muito superiores aos que hoje estão ao seu alcance”, acrescenta Manuel Castelo Branco. “O novo espírito de cooperação e de integração possibilitará também que os estudantes das escolas do Politécnico passem a ter um acesso equivalente ao Estádio Universitário e que participem nas festividades académicas, ou no cortejo da Queima das Fitas, em igualdade de condições com os alunos das faculdades”.
Em termos académicos, Manuel Castelo Branco acredita que a integração é do interesse de ambas as instituições, de Coimbra e da Região Centro. “Coimbra passará a ter segunda maior instituição nacional de ensino superior, só ultrapassada em número de estudantes pela nova Universidade de Lisboa, a qual resulta da fusão com a Universidade Técnica de Lisboa”, explica. “Esta é uma oportunidade tão importante para a cidade que a Câmara Municipal de Coimbra, a Comunidade Intermunicipal e a CCDR Centro deveriam apoiar e incentivar um processo que será decisivo para a competitividade da região que vai da Figueira da Foz à Beira Alta e à Beira Baixa”.
Manuel Castelo Branco defende que o interesse do projecto é tal que, sustentado num programa sólido e consensual, e defendido de forma convicta pelo próximo presidente do IPC e pelo reitor da UC, será possível “convencer o primeiro-ministro e o ministro da Ciência e do Ensino Superior que estiverem em funções a dar luz verde a este grande projeto nacional”.