O festival Gliding Barnacles, que decorre até domingo na Praia do Cabedelo, Figueira da Foz, foi considerado um exemplo de evento diferenciador com capacidade de atrair visitantes internacionais e de promover a região e o país.
Numa mesa-redonda que juntou o ministro da Cultura e presidentes da Câmara da Figueira da Foz, da Turismo Centro de Portugal (TCP) e da Associação +Surf, houve unanimidade e todos os intervenientes consideraram que a singularidade e diferenciação são fatores apelativos na promoção turística.
“O Gliding Barnacles interpreta os requisitos de evento que para nós pode potenciar a Figueira da Foz, a região e o país”, disse o presidente do TCP, Pedro Machado, salientando que qualquer turista pretende ter uma experiência cultural que tenha contacto com a gastronomia, território, património e pessoas.
Segundo o dirigente, o festival promovido pela Associação +Surf, que tem mais de 250 participantes de 30 nacionalidades, “soube colocar camadas: da identidade, da estética, da música, que o diferenciam e singularizam, apesar de estar ancorado no surf e na atividade desportiva”.
“Acreditamos que este evento, nesta prova de mais de 200 quilómetros que temos de costa na região Centro, é absolutamente singular, comparativamente com outros”, sublinhou Pedro Machado.
Para o ministro da Cultura, Adão e Silva, o surf não é apenas um desporto, “mas também uma experiência cultural”, que surge como fator de “atração turística no país”.
“Existem territórios totalmente alavancados que tinham uma boa onda e isso demorou a acontecer em Portugal, mas está agora a acontecer não só como fator de atração turística, mas também como valorização e transformação da identidade territorial”, referiu.
“A diferenciação não é apenas económica e social, é uma diferenciação cultural de valorização dos territórios”, sublinhou.
Também o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, destacou a importância do Gliding Barnacles na promoção da imagem da cidade, salientando que o festival junta “vários ingredientes, numa mistura perfeita”.
O autarca frisou que se trata de um evento muito importante, “até porque está do lado da margem sul, numa área do concelho que tem um enorme potencial de valorização”.
Eurico Gonçalves, presidente da Associação +Surf, prometeu para o ano uma reflexão na décima edição do evento, de forma a manter o festival “genuíno e no caminho da sustentabilidade e criatividade”.