Segundo nota recebida esta manhã, Henrique Carmona, vogal da comissão política de secção da Figueira da Foz do Partido Social Democrata, vem reagir à manifestação dos seus «companheiros» sobre a moção estratégica aprovada há 11 meses em plenário de militantes desse partido.

De acordo com notícia do Diário As Beiras, os militantes do PSD Teresa Machado, Teotónio Cavaco, Carlos Ferreira, Antonino Oliveira, Inês Cláudio, Luís Marques e Ricardo Oliveira terão enviado uma nota de imprensa, a qual a FigueiraTV não teve acesso, qualificando de mentira «que o plenário concelhio tenha aprovado uma moção de aproximação do partido ao excutivo camarário…».

Contacto pela FigueiraTV, Henrique Carmona proponente da moção (em anexo) «aprovada por unanimidade» no dia 8 de novembro de 2021 considera esta manifestação «uma declaração errática da moção, até porque em plenário tive oportunidade de esclarecer que se procura uma oposição sensata e não cega», acrescenta «não aprovando ou chumbando indiscriminadamente as propostas do executivo de Pedro Santana Lopes», «uma oposição responsável e atenta, sem bloqueios e com colaboração ao executivo eleito pela FAP»

Quando questionado sobre a sua alegada condição de apoiante da FAP, Henrique declarou que «não sou apoiante da FAP, apesar de manter excelentes relações pessoais com alguns elementos desse movimento, bem como na generalidade das forças políticas na minha cidade».

Em relação a Ana Oliveira recordar esta moção o proponente disse que «esta comissão política liderada por Ana Oliveira, foi desenhada e tomou posse em perfeito alinhamento com a visão desta moção, que em nada vai contra às posições das lideranças distrital e nacional do Partido Social Democrata. Não se trata de apoiar esta ou aquela pessoa mas sim de descolar a atitude do partido em relação a estratégias anteriores que apenas provaram ser prejudiciais para os resultados eleitorais, quer locais que nacionais na Figueira da Foz».

A FigueiraTV perguntou se Henrique Carmona temia que esta aproximação a Pedro Santana Lopes conduz à anulação do PSD enquanto força política do concelho. A resposta foi imediata: «na minha opinão não, até porque esta colaboração implica que os eleitos consigam demonstrar ao executivo da FAP, influenciando-o, um forte empenho em construir um futuro mais sólido e profíquo para a Figueira da Foz, através de um constante acompanhamento com propostas e avaliações que trazem consigo a tradicional e dourada assinatura do PSD».

 

Segue nota de imprensa:

PSD – A verdade da moção

Ontem, dia 18 de outubro, «um grupo de militantes do PSD», numa alegada nota de imprensa, terá demonstrado a sua confusão a respeito da moção de estratégia, aprovada por unanimidade, em plenário de militantes a 8 de novembro de 2021.

O «grupo de militantes do PSD, constituído por Teresa Machado, Teotónio Cavaco, Carlos Ferreira, Antonino Oliveira, Inês Cláudio, Luís Marques e Ricardo Oliveira» disse ao Diário As Beiras que «é “mentira” que o plenário concelhio tenha aprovado uma moção de aproximação do partido ao executivo camarário de Santana Lopes.»

Uma leitura da moção – que anexo – deixa claro o estado de confusão destes militantes do meu partido. Este documento traduz duas ideias principais: a primeira é a de que o principal opositor do Partido Social Democrata na Figueira da Foz é o Partido Socialista (leia-se «do nosso adversário político de sempre, o PS»); e a segunda é a de que o exercício dos eleitos pelo PSD deve ser regido por uma oposição responsável e atenta, sem bloqueios e com colaboração ao executivo eleito pela FAP (leia-se «devemos fiscalizar, e sempre que possível propor, e colaborar, em todas as soluções que levem à boa gestão dos superiores interesses do nosso concelho» e «nunca bloquear as ações de gestão do executivo eleito por caprichos pessoais ou para apenas impossibilitar a gestão por parte dos mesmos»).

Este documento foi ainda mencionado na comunicação social regional, pelo menos, por duas vezes: nomeadamente em novembro de 2021 na sequência da notícia relativa à renúncia do então presidente da CPS; e em janeiro de 2022 após comunicado da Comissão Política Distrital de Coimbra do PSD sobre a reunião com a CPS. Nesta CPS estava em funções parte considerável deste «grupo militantes» e nunca foi registada quaisquer correções desta natureza.

Não restam dúvidas da clareza da moção referida e da incorreção das alegações dos meus companheiros confusos.

Henrique Carmona
Militante nº: 54412

 


 

ANEXO:

Melhor PSD na Figueira da Foz

Melhor Figueira da Foz

 

Dado a nossa realidade atual, apenas temos um caminho a trilhar: o que nos pode levar à credibilização do nosso partido neste nosso concelho, aquele que porventura nos leve a dirigir os destinos da nossa terra. Para isso é necessária uma estratégia sustentada e elaborada que nos distinga do nosso adversário político de sempre, o PS.

Não podemos, por isso, ficar reféns de desígnios ou caprichos pessoais em detrimento dos valores e interesses superiores, que são o bem do nosso Partido e do nosso Concelho, pois temos a convicção de que só conseguiremos uma Figueira da Foz melhor e mais capaz com uma gestão séria e competente. Acreditamos que isso acontecerá apenas com um PSD/Figueira da Foz forte, responsável e credível. Temos provas mais que suficientes que o nosso adversário político o PS não é uma solução. Basta, para isso, e sem grande esforço de memória verificar o que foram estes 12 anos de governação local deste PS: uma estagnação e até recuo na nossa qualidade de vida, bem como nas nossas mais íntimas perspectivas de melhoria.

Daí acharmos que se deve, desde já, preparar o futuro e caminhar no sentido de demonstrar aos figueirenses que somos responsáveis e credíveis e a alternativa para Governar os destinos do concelho. Só o poderemos fazer se nos demarcarmos da estratégia definida pelo Partido Socialista, e estabelecer que os eleitos pelo nosso Partido nas últimas eleições autárquicas não sejam forças de bloqueio à gestão por parte do executivo em funções, mas sim uma oposição capaz de deixar governar, contudo sempre atentos e preocupados com os desenvolvimentos e ações políticas por parte do executivo municipal, mas nunca atrás de uma estratégia imposta pelo nosso grande e real adversário, a incompetência socialista.

Resumindo, devemos fiscalizar, e sempre que possível propor, e colaborar, em todas as soluções que levem à boa gestão dos superiores interesses do nosso concelho. Porém nunca bloquear as ações de gestão do executivo eleito por caprichos pessoais ou para apenas impossibilitar a gestão por parte dos mesmos. Em última análise esse bloqueio apenas prejudicará aqueles que realmente importam que são os figueirenses, para além de que não conquistaremos com isso a credibilidade necessária e exigida para sermos reconhecidos como a alternativa.

Henrique Carmona
2021.11.08
Plenário de Militantes do PSD Figueira da Foz

 

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