O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) deu início a uma greve na CP que vai durar toda a semana, para reclamar melhores condições de trabalho e aumentos, segundo um comunicado.
A CP anunciou que para os dias 4 (esta quarta-feira) e 5 (quinta-feira) foram definidos serviços mínimos, que podem ser consultados no ‘site’ da empresa, para serviços Alfa Pendular e Intercidades; Regional, InterRegional e Internacional; Comboios Urbanos do Porto e de Coimbra e Comboios Urbanos de Lisboa, destacou ainda.
A CP permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, ou “a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.
“O reembolso pode ser solicitado nas bilheteiras e em cp.pt através do preenchimento do formulário ‘online’, com o envio da digitalização do original do bilhete e indicação de Nome, Morada postal, IBAN e NIF, até dez dias após terminada a greve”, destaca a empresa na nota de imprensa.
“A revalidação gratuita pode ser feita nas bilheteiras e em myCP na área “Os seus bilhetes” (para bilhetes adquiridos na bilheteira ‘online’ e App CP) até aos 30 minutos que antecedem a partida do comboio da estação de origem do cliente”, acrescentou.
Na nota, publicada no ‘site’ do SMAQ, a estrutura sindical explicou que a paralisação terá mais impacto entre “as 00h00 desta quarta-feira, dia 4 de janeiro e as 24h00 de quinta-feira, dia 5, quando os trabalhadores “das categorias representadas pelo SMAQ” se encontram “em greve à prestação de todo e qualquer trabalho”.
Por outro lado, até às 24h00 do dia 8 de janeiro, os trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ encontram-se em greve à prestação de trabalho suplementar e trabalho em dia de descanso.
O sindicato deu ainda conta das suas reivindicações na nota, destacando os “aumentos salariais efetivos e valorização da Carreira da Tração”, a “melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais” e das “condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor”.
O SMAQ exige também a “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, a “implementação de um efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes”, o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo” e o cumprimento integral do acordo de empresa.
O sindicato pretende ainda o “reconhecimento de categoria superior aos associados do SMAQ que desempenham/desempenharam serviço em órgãos de acompanhamento de tráfego” e manifesta-se “contra a absurda discriminação das categorias operacionais em matéria de tolerâncias de ponto na quadra festiva”.
O sindicato garantiu que “nunca faz a greve pela greve”, assegurando que é “sempre uma forma de luta” que só utiliza “em último caso”.
“Naturalmente, como é nosso apanágio, estamos sempre dispostos a sentar-nos à mesa para encontrarmos um ponto de acordo se a CP apresentar as propostas e as soluções necessárias, sem mais adiamentos e declarações vagas”, referiu.