Na reunião de Câmara da autarquia figueirense, realizada ontem, foi aprovado o prolongamento até 2042 do contrato de concessão da exploração do sistema de distribuição de água e saneamento. Em causa, com a nova adenda, estão investimentos de 26 milhões de euros, numa solução que a vice-presidente da autarquia, Anabela Tabaçó, defendeu ser a solução “mais favorável” para o município, que colocou de parte a hipótese de resgate da concessão, opção que teria um custo de 20 milhões de euros e, na opinião expressa pela autarca, “penalizaria altamente” a autarquia.
Dos investimentos previstos fazem parte as redes de saneamento em Matos, na freguesias de Marinha das Ondas, e Casal Novo, na de Quiaios, que implicam obras orçadas em mais de quatro milhões de euros. Do total do investimento, uma verba de 6 milhões deve ser aplicada até 2029, sendo o restante, explicou a autarca, distribuído ao longo da concessão, nomeadamente na reabilitação e manutenção de redes de água e saneamento, com um investimento de 14 milhões de euros, a mobilizar à razão de 750 mil euros por ano.
O presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, considerou que as condições do prolongamento da concessão “são substancialmente melhores” do que as anteriores, assumindo no entanto que o que levou a desistir da ideia de resgatar a concessão foi a convicção de que era “absolutamente impossível”, financeiramente, para o município.
Na oposição, o PS viabilizou a proposta através da abstenção, apresentando uma declaração de voto onde considera que o contrato em causa, por implicar um período temporal longo e que atravessará “vários mandatos e muitos anos”, exige uma “reflexão profunda”.