Na reunião de Câmara desta sexta-feira foi aprovada a proposta do novo tarifário de resíduos urbanos, que implica o aumento médio de 2,43 € para os utilizadores domésticos e 9,55 € para os não domésticos. Apesar deste aumento, o município deverá ainda assumir um milhão de euros de custos que não serão imputados, assim, diretamente aos consumidores. Há quase 20 anos que este tarifário não era atualizado e, de acordo com fonte da autarquia, é possível que haja mais aumentos nos próximos anos. O aumento da reciclagem doméstica pode, no entanto, contribuir para a redução ou manutenção dos custos associados aos resíduos urbanos.
Na fatura da água… porquê?
Criada em 2007, a Taxa de Gestão de Resíduos é uma maneira de incentivar os consumidores a serem mais sustentáveis, utilizando água moderadamente e até a diminuírem a quantidade de lixo em suas casas.
Como é calculado o valor da taxa do lixo?
Eliminação por deposição em aterro (paga 100% da TGR por tonelada);
Eliminação por incineração (paga 85% da TGR, por tonelada);
Valorização energética (paga 25% da TGR, por tonelada).
Assim, quanto maior o número de resíduos enviados para a reciclagem, mais baixa será a fatura da água emitida para cada autarquia e, consequentemente, repercutida depois nos consumidores.
Recentemente, a Sociedade Ponto Verde (SPV) veio defender a importância tornar a gestão de resíduos urbanos em Portugal mais transparente, atendendo a que o país tem metas ambiciosas para os próximos anos: reciclar 55% dos resíduos urbanos até 2025, 60% até 2030 e 65% até 2035.
Segundo a SPV, a atual legislação já prevê que os resíduos urbanos sejam taxados à parte, em vez de indexados à fatura da água, como acontece hoje em dia, uma situação possível com a adoção de sistemas como o “pay as you throw” (PAYT).
Pode saber mais sobre esta estratégia diferenciada aqui: https://payt-portugal.com/faq-categoria/pay-as-you-throw/2-pay-as-you-throw
