O processo de licenciamento único ambiental para a unidade de combustíveis avançados da empresa BioAdvance, instalada no porto da Figueira da Foz, está em consulta pública até 16 de dezembro. Esta iniciativa da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) precede o licenciamento industrial, cuja decisão cabe à CCDRC. Desde o início da consulta, a 19 de novembro, foram registadas 27 participações.
A BioAdvance, com sede em Pombal e já detentora de uma unidade menor, investiu cerca de 27 milhões de euros neste projeto, aprovado no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial – Verde e classificado como Potencial Interesse Nacional (PIN). Após um contrato de concessão assinado em agosto de 2022, a licença do porto foi emitida no final do mesmo ano.
A unidade planeia produzir anualmente 20 mil toneladas de biodiesel a partir de óleos alimentares usados e quatro mil toneladas de glicerina.
Apesar do reconhecimento oficial, o projeto foi alvo de críticas. Em outubro, o presidente da Junta de Vila Verde denunciou que a unidade estaria a funcionar sem licença e a provocar maus odores. Numa assembleia municipal, a vice-presidente Anabela Tabaçó explicou que a BioAdvance apenas realiza testes aos equipamentos e que a licença de utilização depende da conclusão do processo de licenciamento industrial, em curso desde 2023.