A “formação, ética e valores” são essenciais na atividade da Engenharia, assim como em qualquer atividade, destacou José dos Santos Cabral, orador da Conferência sobre o tema “Ética e Corrupção”, a primeira sessão do Ciclo de Conferências – Engenharia e Sociedade – do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), que ocorreu ontem, a 15 de julho, no Salão Figueira do Casino da Figueira da Foz.
Esta conferência contou com a presença de Carlos Monteiro, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, com Nuno Lopes, Presidente da Associação Comercial da Figueira da Foz, com o representante da Ordem dos Engenheiros, Luiz Faulhaber, e muitos outros.
Segundo Mário Velindro, diretor do ISEC, esta iniciativa tem como objetivo que os alunos desta instituição possam refletir e discutir sobre “temas que ajudem a tornarem-se engenheiros altamente qualificados nas suas áreas não só do ponto de vista técnico e científico como também do ponto de vista ético e deontológico”.
Neste sentido, a primeira sessão do Ciclo de Conferências teve como tema «Ética e Corrupção», que, “pelos cargos que assumiu, tanto na Polícia Judiciária como no Supremo Tribunal de Justiça”, teve como orador José dos Santos Cabral, Juiz Conselheiro, que confessou aos participantes da conferência que este tema se reflete numa visão muito pessoal, de alguma forma “catapultada”, tanto pela sua experiência profissional como “pela perceção na efervescência dos dias que passam”.
“Formação, ética e valores são a essência de qualquer atividade”
José dos Santos Cabral destacou que, no exercício de qualquer profissão, e falando especificamente no caso da Engenharia, a “formação, ética e valores” são essenciais. O orador complementou esta sua opinião, fazendo questão de salientar que bons profissionais “só têm valor se forem também bons cidadãos”.
“Isso só tem valor se reconhecerem que não é no enriquecimento fácil, no enriquecimento sem quaisquer regras, que realmente está o futuro. Se todos nós, nas nossas atividades, tivermos presentes que há uma coisa que é essencial, que é o bem público, o interesse, o bem comum, se todos nós tivermos isso em conta, este mundo é capaz de ser diferente”, acrescentou o Juiz Conselheiro.
Mencionando o Código de Deontologia dos Engenheiros, refere que “no exercício da sua profissão, os engenheiros são responsáveis pelos atos que pratiquem e pelos resultados que decorram, devendo pautar a sua atuação pelos mais elevados padrões de exigência, de acordo com as respetivas competências, especificações e qualificações”.
Com esperança, José dos Santos Cabral referiu ainda que, com a transmissão destes valores, “aquele mundo que nós estamos a construir para os nossos netos e para os nossos filhos poderá, eventualmente, ser melhor, pelo menos é isso que eu desejo” e demonstrou as suas congratulações ao ISEC pela iniciativa, que irá decorrer de dois em dois meses, e pelo trabalho que esta instituição do Ensino Superior tem feito, no que diz respeito à sensibilização para estes temas.
Pode assistir à Conferência sobre “Ética e Corrupção”, aqui.