No passado domingo, 25 de julho, decorreu na Figueira da Foz a apresentação dos candidatos autárquicos ao distrito de Coimbra, em que António Costa, primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista (PS), afirmou que o PS não pode “ignorar o que que há para fazer para melhorar o Porto da Figueira da Foz”, especificamente para que a barra seja uma “barra segura”.
A cerimónia foi iniciada com a apresentação dos candidatos a 17 Câmaras Municipais por Nuno Moita, Presidente da Federação Distrital de Coimbra do PS, que referiu que [os candidatos autárquicos a concorrem pelo PS] são “pessoas que dedicam o seu dia-a-dia às suas terras, às suas pessoas, às suas gentes”.
“Nós não queremos cá paraquedistas, uns para fazer carreira política, outros para dar sentido a uma carreira política muito instável. Nós queremos pessoas que realmente se preocupem com os seus”, afirmou Nuno Moita.
Carlos Monteiro, atual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, à qual concorre nas próximas eleições autárquicas, na sua visão, salientou que “a Figueira da Foz tem uma dívida de gratidão para com o Partido Socialista. Foram os governos PS que mais investiram neste concelho e que alavancaram o seu desenvolvimento e a sua afirmação”.
O candidato do PS à Câmara da Figueira da Foz aproveitou ainda para referir que existe “um leque variado de candidatos e para todos os gostos” e questionou, ao dizer que a Figueira da Foz se tinha tornado “apetecível”: “Será porque andamos há 12 anos a pagar a dívida de 91 milhões que herdámos do PSD? Será porque a Câmara já só deve 30 milhões, pagamos a tempo e horas aos fornecedores e repusemos a credibilidade?”
“Será porque nestes 12 anos, apesar dos fortes constrangimentos, conseguimos desenvolver um conjunto enorme de políticas e dar mais qualidade de vida aos figueirenses?” perguntou, declarando que “os figueirenses têm memória”.
Carlos Monteiro revelou que os objetivos da sua candidatura pelo Partido Socialista se relacionam com a “transição digital”, a “resposta às alterações climáticas” e ainda com “o desenvolvimento local e coesão territorial”.
“Garantimos que quer o orçamento autárquico quer os fundos comunitários, assim como os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, cuja gestão for da nossa responsabilidade, serão geridos com rigor e eficiência, dando corpo à nossa visão para que as próximas gerações tenham melhor qualidade de vida no nosso concelho e na nossa região”, esclareceu o atual presidente do município figueirense.
A sessão de apresentação dos candidatos autárquicos ao distrito de Coimbra, pelo PS, contou ainda com a intervenção de António Costa, que afirmou que [na Figueira da Foz], “terra de gente do mar, nós não podemos ignorar o que há para fazer para melhorar o Porto da Figueira da Foz. E temos aqui de fazer o que ainda não foi feito para que de uma vez por todas, esta barra seja uma barra segura para todos aqueles que vivem no mar e que precisam de entrar e sair desta barra em segurança”.
Adiantou também que vão “modernizar a Linha Férrea, permitindo uma linha moderna entre a Figueira da Foz e as Caldas da Rainha porque é também necessário investir na ferrovia. Estamos a investir na linha da Beira Alta” e explica – “Temos de investir numa maior mobilidade neste distrito de Coimbra”.
No que diz respeito ao panorama nacional, e devido à atual pandemia, António Costa afirmou que “nos próximos dois anos”, haverá um “Plano de Recuperação de Aprendizagens” e esclarece: “porque as atuais crianças e os atuais jovens têm de ter direito a aprender tudo o que todas as outras gerações tiveram direito a aprender”.
Referiu ainda que a ação política está focada em “prosseguir, acelerar e concluir o processo de vacinação” e que a pandemia veio salientar e agravar algumas “fragilidades” no país como “o inaceitável grau de precariedade” e o desemprego.
Neste sentido, o primeiro-ministro declarou que existem, no Plano de Recuperação e Resiliência, programas muito fortes, como o “Impulso Adultos”, um programa dedicado “aos adultos que não puderam ir à universidade em tempo próprio, que estão hoje em empresas onde sabem que a transformação tecnológica os obriga a saber mais e saber diferente do que aprenderam anteriormente”.
Para os jovens, António Costa, mencionou o programa “Impulso Jovens STEAM”, que tem como objetivo haver “cada vez mais jovens a frequentarem cursos superiores das áreas das ciências, das tecnologias, das engenharias, das artes, das matemáticas porque são essas as formações que serão essenciais para podermos vencer estes grandes desafios que são a transição digital e também a transição climática”.