O Governo não cumpriu o prazo de transferir, até final de Maio, 100 mil metros cúbicos de areia na Figueira da Foz para reforço do cordão dunar, denuncia o presidente da Câmara Municipal.
Na sessão de Câmara desta quarta-feira, no período antes da ordem do dia, Pedro Santana Lopes lembrou a promessa da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), assumida numa reunião nos Paços do Concelho.
“Estou muito preocupado por causa de tudo”, disse o autarca, eleito pelo movimento Figueira A Primeira, salientando que se tratava de uma medida a curto prazo para travar a erosão costeira e o assoreamento da barra da Figueira da Foz.
Segundo o presidente do Município, a APA tem ainda previsto, a partir de 2023, transferir 3,2 milhões de metros cúbicos na praia a sul na Cova Gala e dentro do mar, num investimento de cerca de 20 milhões de euros.
A solução para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz com recurso a um sistema fixo (‘bypass’) é a mais indicada a longo prazo e deverá arrancar em 2024, segundo a calendarização prevista.
A construção do ‘bypass’ deverá representar um investimento de 18 milhões de euros, com um custo total, a 30 anos, que inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 60 milhões de euros, movimentando um milhão de metros cúbicos de areia por ano.
Na sessão de Câmara, Santana Lopes anunciou que, desde esta quarta-feira (1 de Junho), dia oficial da abertura da época balnear, todas as praias do concelho que ostentam a Bandeira Azul estão vigiadas por nadadores-salvadores. As restantes, de acordo com o autarca, só a partir de 18 de Junho estarão vigiadas, embora o processo de contratação esteja concluído.