A futura administração do Porto da Figueira da Foz, que será conhecida ainda este mês, vai incluir elementos do concelho na mesma proporcionalidade de Aveiro, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes.
“O ministro Pedro Nuno Santos garantiu-me que a nova administração terá tantos elementos da Figueira da Foz como de Aveiro”, disse o autarca, referindo que as garantias do governante foram transmitidas na sexta-feira, em Mira, numa reunião com a Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra.
Desde 2008, que o Porto da Figueira da Foz é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, com capital integralmente participado pela Administração do Porto de Aveiro.
Para Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira A Primeira, a decisão do ministro das Infraestruturas e Habitação “é de uma importância política enorme”, já que vai trazer “mais operacionalidade” e permitir “um novo ciclo no Porto da Figueira da Foz”.
“Não esperava outra resposta do ministro Pedro Nuno Santos, que tem mostrado sensibilidade para responder à generalidade dos assuntos do país fora dos corredores de Lisboa”, sublinhou.
Segundo o presidente da Câmara da Figueira da Foz, a inclusão de administradores do concelho, que conhecem bem o dia a dia do porto comercial e as suas carências dão garantias de maior operacionalidade e de um trabalho conjunto com o município.
“É muito importante trabalharmos em conjunto. Estão previstos investimentos muito importantes que precisam de respostas eficazes do porto, como de pão para a boca”, sustentou.
Reforçando que o “trabalho em conjunto permite fazer muito melhor”, Santana Lopes realçou que para “resolver pequenos problemas e tomar decisões” é preciso estar em permanência no Porto da Figueira da Foz, onde, atualmente, “é muito difícil tirar uma licença”.
No início do ano, o presidente da Câmara da Figueira da Foz insistiu na necessidade da administração do porto marítimo ter alguém em permanência, que resolva as situações do dia-a-dia aos operadores e à comunidade piscatória.
“É importante termos na administração do porto pessoas que estejam todos os dias na Figueira da Foz. Não estou a dizer a administração toda, mas pelo menos uma parte”, disse aos jornalistas, na altura, Santana Lopes, no final de uma reunião do executivo.
A CIM Região de Coimbra informou que, o seu Conselho Intermunicipal se reuniu sexta-feira, em Mira, com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
Entre as temáticas que estiveram em cima da mesa destacam-se “a nova Linha de Alta Velocidade, o Sistema de Mobilidade do Mondego, o Porto da Figueira da Foz, a calendarização das obras no IP3 e o programa de habitação”.
No encontro, um dos pontos estratégicos defendidos pelos autarcas da Região foi a requalificação/ampliação e modelo de gestão do porto comercial da Figueira da Foz.
Segundo a CIM, o governante garantiu que “vão ser realizados os investimentos necessários para permitir ao porto da Figueira da Foz crescer de forma a acolher outro tipo de navios que, hoje, não pode receber”, um compromisso que deixou o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, satisfeito.