Nesta onda, a Figueira da Foz tem de se fazer ao mar – Opinião – Luís Santos

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Texto de Opinião

Luís Santos

Nesta onda, a Figueira da Foz tem de se fazer ao mar

A Figueira da Foz não pode ficar indiferente à Conferência dos Oceanos, até porque decorreu em Portugal (Lisboa), e deve potenciar o que ali ficou aprovado sobre a defesa dos mares, mas também sobre o aproveitamento de todas as potencialidades. 

Os recursos naturais já cá estão e criar aqui um ‘cluster’ do mar (e do rio) só terá mais-valias futuras,  como motor de todas as outras actividades que retiram daí o desenvolvimento, como o turismo, em sentido lato.

Muito se fala da vinda da Universidade de Coimbra, mas ela já está na Figueira da Foz, através do Laboratório Marefoz, um Centro de Ciência do Mar e do Ambiente que pretende contribuir para o desenvolvimento sustentável da região, a nível científico, económico, social e cultural.

O Marefoz tem já investigação realizada e aplicada, como a optimização dos processos de produção de ouriços-do-mar; a utilização de macroalgas para depuração de efluentes da aquacultura; o centro de vanguarda em adaptações às alterações climáticas; o projeto piloto de pesca autossustentável; os produtos inovadores para a inovação no pescado.

Por outro lado, continua na ordem do dia a necessidade de valorização do Porto da Figueira da Foz, sabendo-se de todos os investimentos e modernização que estão a ser feitos no Porto de Aveiro, que tem jurisdição administrativa sobre o da Figueira da Foz.

O combate à erosão costeira e o desassoreamento do canal de navegação continuam a ser medidas que a Figueira da Foz necessita constantemente e não apenas quando o “rei faz anos”. É preciso uma eternidade de promessas (e concursos) para se conseguir o que quer que seja, já para não falar do ‘bypass’ de areias.

Já se sabe que a sardinha é a melhor do mundo, que a cidade começa a esforçar-se por saber receber, que tenta conseguir espaços e interesses para todas as camadas etárias das famílias, que tem encantos paisagísticos, mas sente-se que ainda não estão todos a remar para o mesmo lado.

Há um Economia Azul que nos espera, com tudo o que tem associado.

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