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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Serenata do Mondego com Adelaide Sofia assinala hoje 142 anos da Filarmónica 10 de Agosto

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A Rua das Rosas engalanou-se no espaço frontal à Sociedade Filarmónica 10 de Agosto para as comemorações dos seus 142 anos. Neste dia 10 de agosto, na Praça 8 de Maio, às 21h30 serão evocados, numa cerimónia simples, os 142 anos da Dez de Agosto.

Esta cerimónia precede as Serenatas do Mondego, dedicadas nesta noite ao fado de Lisboa pela inigualável voz de Adelaide Sofia, bem conhecida do público Figueirense.

A coletividade da Rua das Rosas (Figueira da Foz), fundada em 10 de Agosto de 1880, é uma das mais emblemáticas agremiações pela sua postura e trabalho em prol da preservação da cultura figueirense.

Para além dos Autos Pastoris e Auto dos Reis Magos, a “Teimosa”, como também é conhecida, marca anualmente a sua presença em tradições tão populares como o Enterro do Bacalhau e a Serração da Velha.

Nas páginas de história que prestigiam esta coletividade, salienta-se ainda o título de “Real Sociedade Filarmónica Dez de Agosto” que lhe foi atribuído por El Rei D. Carlos, em Abril de 1902.

Manuel Dias Soares, autor da música da Marcha do Vapor, aprendeu música, entre outros, com Augusto Symaria, regente da D’ Agosto. Mais tarde o próprio Manuel Dias Soares também dirigiu esta filarmónica.

E foi exatamente à frente da Dez D’ Agosto que Manuel Dias Soares dirigiu musicalmente uma corrida de touros em Salamanca. A Filarmónica Dez d’Agosto deslocou-se a Espanha para abrilhantar a corrida em que o então matador Mazzantini triunfou, oferecendo a estocada afinal e a orelha do touro à Filarmónica Dez d’ Agosto.

Presentemente, a coletividade é presidida por Ricardo Santos, que pretende, com a sua equipa, desenvolver novos projetos para a coletividade, bem como manter as tradições.

Nomes como Armando Dias, Maria Esteves, Fernando Mingachos, Albobrano Nazaré, Joaquim Mesquita (Caneca), José Nicolau Borges, Maria Bugalho, entre muitos outros já falecidos, pisaram o palco da velha agremiação. Importa recordar algumas tradições da coletividade, que chegou a organizar igualmente as antigas Serenatas do Mondego.

A Direcção da Teimosa deu, em 2001, o nome de Maria Olguim ao palco da colectividade, lembrando a actriz que se estreou na Dez D’ Agosto.

Texto: António Jorge Lé (adaptado)

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