Na terça-feira, 30 de Agosto, cerca de duas dezenas de dirigentes e delegados do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro vão deslocar-se, a partir das 10h00, da Rua da República até à zona do Bairro Novo e Esplanada Silva Guimarães, percorrendo, ainda no período da manhã, a restauração da avenida juntos aos Hotéis, até à Ponte Galante. De tarde, começando às 14h30, percorrerão toda a restauração de Buarcos até à Tamargueira.
Esta segunda-feira, o Sindicato anuncia que vai reunir com a Sociedade Figueira Praia, para abordar o conteúdo do Caderno Reivindicativo entregue em Maio, e, na terça-feira, com o Grupo ACCOR, sobre o Hotel Mercure.
De uma forma geral, segundo o Sindicato, “os hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias e similares pagam salários muito baixos. Centenas de milhares de trabalhadores do sector recebem apenas o Salário Mínimo Nacional de 705 euros. Além disso, as empresas não valorizam o trabalho prestado ao fim de semana e não pagam o acréscimo pelo trabalho prestado em dia feriado conforme determina o CCT”.
“Os horários de trabalho praticados no setor são muito longos e instáveis, não possibilitando a conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar dos trabalhadores.
Devido à falta de trabalhadores nas diversas secções, os ritmos de trabalho são muito intensos e põem em causa, de forma grave, a saúde mental e física dos trabalhadores e a qualidade de serviço.
Apesar do grande crescimento do número de turistas, de dormidas e de receitas, as associações patronais e as empresas recusam negociar a contratação coletiva, de forma a melhorar salários, carreiras profissionais e criar condições de trabalho dignas.
As empresas queixam-se da falta de mão de obra, mas não garantem condições de trabalho dignas para os formandos das escolas hoteleiras levando a que estes procurem outros setores de atividade, reclamam junto do Governo a abertura de corredores de imigrantes, mas não garantem formação profissional em técnicas hoteleiras e línguas portuguesa e inglesa, nem contratos com vínculo efectivo” – refere o Sindicato.