O caso da professora agredida no Centro Escolar de Vila Verde motivou, esta quarta-feira, uma manifestação de professores que rumou até à Càmara da Figueira da Foz para fazer sentir o sentimento de insegurança por parte dos docentes.
Os professores consideram que este caso não deve passar impune e as autoridades devem actuar, sob pena de situações semelhantes poderem ocorrer.
Recorde-se que o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) e a Federação Nacional de Professores (Fenprof) condenou vementemente a agressão de que foi vítima uma professora na Figueira Foz e disponibilizou apoio jurídico para eventual recurso à justiça.
As duas estruturas exigiram medidas claras contra a violência exercida sobre os professores e o anúncio de medidas concretas destinadas a prevenir futuras situações e a apoiar as vítimas.
Aquelas organizações condenaram veementemente “mais este ato de violência extrema”, manifestaram “forte repúdio” e lembraram que, nos últimos anos, foram conhecidos atos de violência sobre docentes, perpetrados por alunos ou familiares, “que mereceram sempre a firme condenação”.
Relativamente aos casos de agressão, as duas estruturas lamentaram que a reação do Ministério da Educação tenha sido “frouxa, tendo em conta a gravidade dos acontecimentos”, e reclamaram medidas que combatam o problema e tornem a escola um espaço de sã convivência entre todos os que integram a comunidade educativa.
A professora em causa, com cerca de 40 anos, foi agredida por um grupo de pessoas, maioritariamente mulheres, no Centro Escolar de Vila Verde, que integra o Agrupamento de Escolas Figueira Mar.
De acordo com várias notícias, a docente foi agredida com murros e pontapés à porta do estabelecimento de ensino, tendo ainda sido arrastada pelos cabelos.
A vítima foi transportada para o Hospital Distrital da Figueira da Foz, onde permaneceu até ao dia seguinte.
A agressão estará relacionada com uma altercação entre alunos ocorrida na véspera, que terá sido travada pela docente.
O Município da Figueira da Foz repudiou a agressão, com o presidente Pedro Santana Lopes, que se deslocou àquela escola, a salientar que a autarquia está atenta à situação e em contacto com as forças de segurança, já que “os pais dos alunos estão preocupados”.
A Câmara anunciou que está em articulação com a Direção-Geral do Estabelecimentos Escolares e a PSP para a adoção das medidas convenientes em situações desta natureza.
