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Figueira da Foz
Sexta-feira, Março 29, 2024

Pescadores e armadores criticam inércia em relação à barra da Figueira da Foz

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Metereologia

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A Organização de Produtores de Peixe do Centro Litoral expressa que “é com um misto de frustração e indignação que se vê na obrigação de partilhar com a comunidade o tratamento inadmissível, injusto e incompreensível de que tem sido alvo uma das mais importantes atividades económicas da Figueira da Foz e da Região”.

O desabafo da Centro Litoral é o seguinte:

«Depois de sucessivas promessas, visitas de governantes, intermináveis e repetidos estudos e tragédias que continuam a assombrar-nos, onde se perderam vidas humanas – a inércia mantém-se.

Depois de uma pandemia que paralisou a economia, perante uma guerra que abala todos os mercados e uma inflação que encolhe todos os bolsos, sobretudo os dos que vivem do seu trabalho – a inércia mantém-se.

A anterior Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF) comprometeu-se a efetuar dragagens preventivas à entrada da barra, todos os anos, em agosto, e falhou. A atual APFF tomou posse a 30 de setembro e não diligenciou, de imediato, para suprir essa falha, que tem implicações diretas na segurança e na operacionalidade da barra, o que é o mesmo que dizer, na economia local e regional.

À primeira intempérie, previsível porque o mau tempo é cíclico, a barra fechou e, a julgar pelas previsões, e atendendo ao péssimo estado da barra, por falta da dragagem preventiva prometida, deverá estar encerrada não menos do que duas semanas.

São duas semanas sem condições operacionais para a pesca que afetam cerca de 30 embarcações, entre as da cerco e as de pesca artesanal. Sem condições operacionais significa que, atendendo ao estado da barra, qualquer saída implicaria colocar em risco embarcações e pessoas.

Os prejuízos, para a Figueira da Foz, começam, mas não acabam, nos 300 a 400 pescadores afetados, e nos armadores com os barcos parados. Há ainda centenas de comerciantes que costumam abastecer-se neste porto/lota, e unidades conserveiras que também se vêem obrigadas a deslocar-se a outros portos, aumentando consideravelmente o custo das suas matérias-primas. A isto acresce, naturalmente, toda a economia que gira em torno da movimentação de pessoas originada pela atividade da pesca e comércio de peixe.

O Porto da Figueira da Foz é um dos que apresenta maior perigosidade no nosso País e se, ainda assim, consegue apresentar os excelentes resultados que têm sido divulgados, é graças aos esforços de quem nele trabalha. Aquilo que investidores, armadores, pescadores, operários e outros trabalhadores deste setor reivindicam é apenas respeito pelo seu trabalho sério e dedicado e o cumprimento dos compromissos institucionais assumidos. A bem da verdade, o justo seria que, em situações destas, os responsáveis fossem obrigados a indemnizar os lesados pelos prejuízos causados e lucros cessantes. Talvez desse modo fossem mais ativos e competentes na defesa de um bem que, sendo de todos, está sob tutela da APFF.

Agora, mesmo que a prometida draga venha, é demasiado tarde para evitar os prejuízos já causados. São precisas condições específicas para que este equipamento possa operar, e serão necessários muitos dias para que seja reposto um mínimo de segurança no Porto da Figueira da Foz, de forma a poder restituir-se a quota de pesca ao porto, e não há como recuperar os dias perdidos.

Que fique registada, para memória futura, para o próximo mês de agosto, a nossa indignação».

 

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