Celebra-se hoje o dia de São Julião, padroeiro da Figueira da Foz e da freguesia que foi emparelhada com a de Buarcos.
Na Igreja Matriz de São Julião será celebrada missa, esta segunda-feira, às 19h00, com a participação do Grupo Coral David de Sousa.
A Igreja de S. Julião terá sido o mais antigo templo da Figueira da Foz, edificado ou reconstruído pelo abade Pedro em 1080. Esteve na origem do povoado, que evoluiu a partir do aglomerado de casas que se construíram na envolvência da primitiva igreja, num local então denominado de S. Julião da Foz do Mondego. Foi também matriz de toda a região compreendida até Buarcos até aos finais do séc. XVI.
Nada restando da sua primitiva fundação, a atual igreja é uma reedificação do séc. XVIII, com diversas intervenções posteriores.
No interior, amplo, de nave única, destaca-se a capela lateral, com um belo retábulo de pedra, renascentista, proveniente do Mosteiro de Seiça, e os retábulos colaterias com interessantes pinturas do século XVIII. Recentemente, a anterior escultura do padroeiro , S. Julião, renascentista, foi colocada num nicho da capela lateral, juntamente com a imagem de Santa Luzia, também do século XVI.
A importância adquirida pelo povoada da Figueira da Foz leva El Rei D. José a conceder-lhe, por Decreto de 12 de março de 1771, a categoria de Vila. No início do séc. XIX, a grande dinâmica e riqueza produzida pelo porto e o desenvolvimento da construção naval, fazem a população da Figueira da Foz quase duplicar.
Nos finais do século a cidade adquire um novo impulso económico, sendo evidente o seu crescimento pelo que, a 20 de setembro de 1882, a Figueira da Foz foi elevada à categoria de cidade por Decreto de El Rei D. Luís.
A Igreja Matriz vestia de gala para receber o rei D. Luís e a rainha D. Maria Pia, acompanhados pela respetiva comitiva, onde foi interpretado um solene Te-Deum pelo bispo-conde de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina, executado pela filarmónica Figueirense. Da Igreja Matriz partiram depois para o almoço, servido na Casa do Paço.