A Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo (ANPROMIS) promoveu, no dia 11 de fevereiro, o 12.º Colóquio Nacional do Milho, no Grande Auditório do CAE – Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz. O evento reuniu cerca de 600 agricultores e técnicos agrícolas de todo o país, destacando o milho como a principal cultura arvense semeada em Portugal.
A sessão de abertura foi marcada pela intervenção de Manuel Domingues, vereador do executivo municipal da Figueira da Foz, que sublinhou a relevância do encontro, considerando os temas abordados como “pertinentes e cruciais para a economia do país”. O vereador destacou a importância do cultivo do milho na viabilidade socioeconómica da agricultura, especialmente na região do Baixo Mondego. Além disso, referiu-se à “resiliência dos agricultores” e à questão do emparcelamento do Vale do Pranto, uma reivindicação dos agricultores dos concelhos da Figueira da Foz, Soure e Pombal, que está “quase na reta final”.
O colóquio contou com a participação de várias figuras de destaque no setor agrícola, incluindo Jorge Neves, presidente da ANPROMIS, Pedro Pimenta, presidente da Cooperativa Agrícola de Coimbra, e Franck Laborde, presidente da Confédération Européenne des Producteurs de Maïs (CEPM). Durante os debates, foram discutidos temas como a importância da água para o desenvolvimento do território, os desafios técnicos na cultura do milho e os desafios europeus no atual contexto geopolítico.
A sessão de encerramento contou com a presença de Anabela Tabaçó, vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, e foi presidida pelo ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes. O ministro centrou o seu discurso nas medidas estratégicas nacionais essenciais para a produção de cereais e nos recursos financeiros disponíveis para apoiar o setor agrícola, frisando a importância de instrumentos que possam gerar ganhos para o setor.
Este evento foi uma oportunidade de reflexão e partilha de experiências sobre os desafios e as oportunidades que o cultivo de milho enfrenta em Portugal, destacando a sua importância para a sustentabilidade e o crescimento da agricultura no país.
