No âmbito do processo de descentralização de competências no domínio da saúde, o Município da Figueira da Foz tem dado passos para melhorar a qualidade dos serviços prestados e o apoio de proximidade à população mais vulnerável do concelho.
Um dos exemplos mais recentes dessa estratégia foi a apresentação de quatro viaturas elétricas, realizada ontem na Praça da Europa – Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho. As viaturas foram adquiridas no âmbito de uma candidatura da Administração Regional de Saúde (ARS) Centro ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No entanto, com a extinção da ARS e a transferência de competências para o município, a responsabilidade passou para a autarquia.
As viaturas serão utilizadas pelas Unidades de Saúde Familiar (USF) da área do Município, nomeadamente: USF Dólmen (Alhadas, Santana e Bom Sucesso), USF Salis + Figueira Sul, USF Buarcos – USF Claridade – USF Nautilus, USF S. Julião e Unidade de Saúde Pública. Segundo a vereadora da Saúde, Olga Brás, a distribuição foi definida “em termos das necessidades em prestação de serviços ao nível domiciliário”.
Com um investimento próximo dos 150 mil euros, estas viaturas permitirão uma resposta mais eficiente e qualificada. Olga Brás destacou que elas proporcionarão um “apoio de maior qualidade e com outro tipo de cobertura”.
O Município tem vindo a assegurar os transportes para cuidados de saúde através da prestação de serviços de táxi e de viaturas próprias, incluindo duas especificamente adquiridas para este fim, através de candidatura apresentada pela Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra.
Para além destas viaturas destinadas às USF, foram ainda apresentadas outras duas, alocadas ao projeto Radar Social. Com um investimento total de 306.730,84 euros, este projeto, também financiado pelo PRR, tem como objetivo a georreferenciação da população vulnerável do concelho. Iniciado em junho de 2024, está previsto durar até 31 de março de 2026, contando com uma equipa de cinco técnicos superiores da área social. Destas viaturas, cerca de 44.700 euros correspondem a investimento municipal.
Olga Brás considera que estes investimentos são essenciais para “melhorar a capacidade de resposta e assegurar um apoio mais célere e eficiente às necessidades da população, em linha com os princípios da descentralização e do fortalecimento da coesão territorial”.