Academia da História premeia dissertação sobre Ordem Terceira da Figueira da Foz

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A Academia Portuguesa da História (APH) premiou a dissertação de Mestrado em História da Época Moderna (de finais do século XV a finais do século XVIII), intitulada “A Venerável Ordem Terceira da Penitência de S. Francisco da Figueira da Foz, de 1714 a 1855”, apresentada no Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, por Ana Cristina Fiúza Almeida.

Esta dissertação foi contemplada com o Prémio Pina Manique – “Do Iluminismo à Revolução Liberal”, que visa galardoar “trabalhos sobre temas em diferentes áreas do saber”, de finais do século XVII às primeiras décadas do século XIX, para “um maior e melhor conhecimento da História de Portugal e da sua relação com uma Europa em mudança”, segundo o regulamento, cabendo um valor de 1.000 euros.

Os prémios da Academia Portuguesa de História são entregues no próximo dia 7 de dezembro, no Palácio dos Lilases, em Lisboa, sede da APH, celebrando o dia da Academia. O programa deste dia também inclui uma “oração de sapiência” pelo cardeal José Tolentino, académico de mérito, intitulada “A Atualidade do Pensamento de Paulo Tarso [S. Paulo]”, nascido na atual Turquia, nas primeiras décadas do Império Romano, tendo-se convertido ao cristianismo no ano 30 e a quem é atribuída a autoria de 13 epístolas do Novo Testamento.

A Academia Portuguesa da História (APH) premiou dez obras já publicadas, entre as quais a biografia do antigo presidente do PSD Nuno Rodrigues dos Santos, pelo investigador António Ventura, além de duas teses de doutoramento e de uma dissertação de mestrado.

“Nuno Rodrigues dos Santos: coerência e convicção”, de António Ventura, académico de número da APH e investigador do Centro de História da Universidade de Lisboa, foi publicada este ano pela Assembleia da República, e trata o percurso biográfico de Rodrigues dos Santos (1910-1984), “um dos históricos republicanos”, eleito presidente do PSD em 1983, recordou o historiador.

A obra foi distinguida com o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian História Moderna e Contemporânea de Portugal, no valor de 2.000 euros.

Com o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian da Presença Portuguesa no Mundo, também no valor de 2.000 euros, foi distinguida “Por este mar adentro: êxitos e fracassos de mareantes e emigrantes algarvios na América hispânica”, de Maria da Graça A. Mateus Ventura, também investigadora do Centro de História da Universidade de Lisboa e do Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa (CHAM), e do Instituto Ibero-Americano de Cultura.

Outra obra premiada foi “Nação entre Impérios: Judeus portugueses e a Aliança Luso-Britânica (Século XVIII)”, publicada este ano pela Húmus, de autoria de Carla Vieira, professora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e investigadora no CHAM e na Cátedra de Estudos Sefarditas Alberto Benveniste, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Carla Vieira vai receber o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian História da Europa, no valor de 2.000 euros, a entregar no próximo dia 7 de dezembro.

O rol de distinguidos inclui ainda João Maria Borges da Costa de Sousa Mendes, chanceler da Cúria Diocesana de Angra do Heroísmo, onde é professor de Direito Público Eclesiástico no Seminário Episcopal.

Costa de Sousa Mendes foi distinguido com o Prémio Fundação Engenheiro António de Almeida/Joaquim Veríssimo Serrão – História, no valor de 2.500 euros, pela obra “O Direito Processual Canónico da Diocese de Angra e Ilhas dos Açores: Da Descoberta das Ilhas até à Entrada em Vigor das Constituições Sinodais de 1559”, publicada no ano passado, pelo Instituto Histórico da Ilha Terceira.

A obra “A Fábrica da Pólvora de Barcarena e as ‘Ferrarias del Rey’: Um projeto de arqueologia industrial em construção” valeu ao arqueólogo João Luís Cardoso o Prémio Augusto Botelho da Costa Veiga, no valor de 750 euros, que distingue obras sobre assuntos da história da Idade Média portuguesa, e estudos monográficos, de autor único, escritos em língua portuguesa.

O Prémio Lusitania de História, com o valor de 2.000 euros, na área de História de Portugal distingue “Arquitetura Branca: os sanatórios para a tuberculose em Portugal”, que foi a tese de doutoramento de José Avelãs Nunes, publicada este ano pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Avelãs Nunes é investigador do Departamento de História e Filosofia das Ciências, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O Prémio Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), no valor de 2.000 euros, que distingue obras de História dos Caminhos, Percursos e Mobilidade, foi para “O Penedo do Lexim (Mafra) no Neolítico Final e Calcolítico da Península de Lisboa”, de Ana Catarina Sousa, professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

O Prémio Pina Manique – “Do Iluminismo à Revolução Liberal”, que visa galardoar “trabalhos sobre temas em diferentes áreas do saber”, de finais do século XVII às primeiras décadas do século XIX, para “um maior e melhor conhecimento da História de Portugal e da sua relação com uma Europa em mudança”, segundo o regulamento, distinguiu, este ano, três obras.

É o caso da tese do programa interuniversitário de doutoramento em História “Mudança e continuidade num mundo global, ‘A Restauração do Reino do Algarve: reformismo económico nos finais do Antigo Regime’”, apresentada no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, por Andreia Lopes Fidalgo (2.500 euros), e da dissertação de Mestrado em História da Época Moderna (de finais do século XV a finais do século XVIII), intitulada “A Venerável Ordem Terceira da Penitência de S. Francisco da Figueira da Foz, de 1714 a 1855”, apresentada no Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, por Ana Cristina Fiúza Almeida (1000 euros).

Foi ainda distinguida, com uma Menção Honrosa, a tese de doutoramento em História da Arte, “Giovanni Gherardo de Rossi (1754- 1727) na direção da Academia Portuguesa de Belas Artes em Roma: Ensino e Mercado da arte”, apresentada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, por Michela Degortes.

Da lista de galardões consta ainda o Prémio CTT-Correios de Portugal/D.Manuel I, no valor de 2.000 euros, que distinguiu Nélson Vaquinhas por “Mesa da Consciência e Ordens Militares: O Sistema de Informação (Século XVIII)”, publicada no ano passado pelas Edições Colibri.

O Prémio Câmara Municipal de Oeiras Professor Doutor Octávio da Veiga Ferreira, na área de arqueologia, no valor de 2.500 euros, foi para “O Castro de Chibanes na Conquista Romana: Intervenções arqueológicas de 1996 a 2017”, de autoria dos arqueólogos Joaquina Soares e Carlos Tavares da Silva, publicada em 2021, pelo Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal.

“A Santa Casa da Misericórdia da Redinha (1642-1975)”, de Ricardo Pessa de Oliveira Redinha, foi laureada com o Prémio Dr. João Lobo/Santa Casa da Misericórdia de Braga, no valor de 2.000 eros. Este prémio distingue “uma obra de reconhecido mérito, no âmbito de qualquer época da História de Portugal”, segundo o regulamento.

A obra de Pessa de Oliveira, publicada este ano, traça o percurso da instituição de solidariedade social de cariz católico, desde a sua criação, na freguesia de Redinha, no concelho de Pombal (Leiria), até à contemporaneidade.

 

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