Texto de Opinião
Silvina Queiroz
Está aí…
E quase sem se dar conta, o tempo correu, voou, e eis-nos de novo à beirinha de mais um Natal! Que seja de Paz e Fraternidade para todos, são os votos que formulamos. Mas será tal possível?! Não, desgraçadamente não será. Nestas épocas tão assinaladas, também de repente, estamos mais sensíveis e mais alerta ao que se passa à volta. Bom, há muitos que se deixam alienar pelo tempo festivo e se centram em si mesmos e nos seus, esquecendo que tanta outra gente não tem os mesmos motivos de júbilo e conforto, material e emocional. Há poucos dias, a 10 deste mês que deveria ser de luz para toda a criatura, comemorou-se mais um aniversário da adopção da Declaração dos Direitos Humanos por parte da ONU. Já lá vão setenta e quatro anos! E o que melhorou desde então? Nesta matéria bem pouco! Tem estado um tempo execrável, (também por conta dos abusos sobre a Natureza!), e quando a chuva cai, inclemente e devastadora, sempre penso naqueles que não têm um tecto, um porto de abrigo, e que, na rua, estão expostos a todo o rigor dos Verões e dos Invernos. Todos esses a quem o Natal nada dirá, em boa verdade. Não será uma refeição quente, quiçá servida por ou na companhia de alguma importante individualidade, que poderá melhorar as coisas. Servirá a ocasião para naquela hora aconchegarem o estômago, uma vez, e servirá para aliviar as consciências de alguns… Uns e outros contentando-se com tão pouco!
Ele está aí… o Natal! Que nos acorde para o sofrimento alheio e que milagres aconteçam. O fim das guerras, da fome, das doenças malévolas e sem cura. Um Natal que encha os corações de todos é o desejo que deixo expresso. Bem hajam os possuídos de Amor e Boa Vontade!