Um incêndio num trator agrícola, que se propaga ao mato, testou a capacidade de resposta dos diversos agentes de proteção civil, assim como a coordenação com a população local.
O simulacro realizado na última sexta-feira, 3 de março, agitou a pequena localidade de Porto de Carros, na freguesia de Murtede, onde habitam pouco mais de uma centena de pessoas.
O objetivo do exercício, que decorreu no âmbito da Semana da Proteção Civil e do programa “Aldeia Segura – Pessoas Seguras”, foi o de treinar a resposta da aldeia, o aviso à população e a interligação com o Oficial de Segurança Local, mobilizar meios e recursos necessários de resposta, apoiar de forma coordenada a atuação dos agentes de socorro, até à reposição da normalidade e avaliar o desenrolar de todas as ações executadas.
Organizado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Cantanhede, o simulacro reuniu o comando sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Coimbra, GNR, INEM, Bombeiros Voluntários de Cantanhede e uma equipa de Sapadores Florestais.
“Os simulacros são importantes, não apenas para testar a coordenação e capacidade de resposta das diversas entidades, mas também para sensibilizar as populações para a necessidade de serem os primeiros agentes de proteção civil”, explicou o vereador Adérito Machado.
O exercício simulou um dia com temperatura superior a 35 graus e humidade inferior a 30% e vento a soprar de quadrante Sul com rajadas de 35km/h, condições que determinaram o Aviso de Risco de Incêndio Muito Elevado. Um agricultor estava a executar trabalhos de limpeza de mato, quando uma avaria mecânica provoca um princípio de incêndio no motor do trator agrícola, que se propaga à vegetação no local e rapidamente toma grandes proporções.
O agricultou avisa de imediato as autoridades, que enviam para o local os meios considerados necessários.
Em paralelo, e no âmbito do programa “Aldeia Segura – Pessoas Seguras”, que prevê um conjunto de medidas de autoproteção junto das populações, foram testados diversos procedimentos, com o oficial de segurança local a estabelecer a ligação entre a população e as autoridades.
Este interlocutor, cuja figura foi criada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, dá o alerta geral à população residente na aldeia, que se dirige para o local designado como refúgio coletivo.
No âmbito do programa da Semana da Proteção Civil decorreram ainda atividades de sensibilização dirigidas à comunidade escolar e à população.